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CDHU viabiliza assinatura das nove primeiras escrituras de imóveis das famílias do núcleo São Carlos, de Franco da Rocha

Parceria da Companhia com o município proveu atendimento habitacional a moradores que perderam suas casas no bairro, em 2022, após deslizamentos de terra

21/08/2024
Foto ilustrativa

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), promoveu, nesta quarta-feira (21), a assinatura de escrituras de imóveis de nove famílias de Franco da Rocha, do núcleo São Carlos. 

Por meio de um convênio assinado em março de 2024 com a Prefeitura do município, a Companhia está viabilizando o atendimento habitacional a 70 famílias do bairro São Carlos. O local foi atingido por deslizamento de terras em janeiro de 2022 e deixou as famílias desabrigadas. A CDHU operacionalizou o atendimento por meio de cartas de crédito individual no valor de até R$ 197 mil, com recursos disponibilizados pelo município e pelo Governo Federal. Para agilizar o atendimento habitacional, as famílias buscaram unidades prontas diretamente no mercado.

Patrício de Jesus Brito, de 47 anos, e sua esposa, Jucilene Ramos da Silva Brito, 48 anos, assinaram hoje a escritura. Após o momento mais delicado de suas vidas, com o atendimento habitacional viabilizado pela Companhia, eles falam sobre recomeçar com mais tranquilidade. “O sofrimento foi grande, mental e psicológico, mas sempre tivemos esperança de ter e receber de volta nossa casa. Pior é quem perdeu a vida. Isso é o mais difícil. Houve esse vínculo do município com a CDHU e essa união para ajudar a gente. Então, temos hoje um bem adquirido”, disse Patrício aliviado. 

O casal contou, ainda, que perdeu sete familiares na época. O processo percorrido desde então, até chegar ao atendimento, foi de luto e, ao mesmo tempo, de agradecimento por ter sobrevivido à tragédia e ter a chance de seguir a vida. “Nosso coração está a milhão. Esperamos a vida nova, mas confesso que ainda é difícil. Eu tive até dúvidas de que isso ia se realizar, mas aconteceu e ficamos satisfeitos”, falou Jucilene. 

Aos 29 anos, a autônoma Josielma Lira de Sousa também assinou o documento no dia de hoje e, com isso, passa a ter sua nova moradia. Ela descreve o momento com duas palavras: alívio e satisfação. “A sensação de hoje é de alívio. Foram mais de dois anos nesse processo. Foi uma perda muito trágica. Então, hoje, assinar esse documento foi uma felicidade enorme. Tirou um peso das nossas costas, de um modo geral, tanto para mim quanto para quem ainda está lá dentro assinando”, contou.

Josielma se mostrou, ainda, contente com a qualidade do imóvel adquirido: “Vou morar no mesmo bairro, em uma locação bem segura. O imóvel é maravilhoso! Realmente, tudo muito bom”. 

Severino Eudes Bezerra, de 49 anos, é casado com Damaria Bonfim Bezerra, de 47 anos. Ambos estavam muito emocionados durante a assinatura. Para eles, o sentimento de recomeço é ainda maior, pois decidiram mudar de cidade, adquirindo uma moradia em Botucatu, no interior paulista. “Estamos felizes, porque recebemos a casa e estávamos pagando aluguel antes. Agora, a casinha é nossa. Sofremos, mas agora conseguimos”, contou Severino.

Damaria falou, ainda, sobre os sentimentos com que tem convivido. Emocionada, ela contou que perdeu sete familiares nos deslizamentos, mas que, se misturando à tristeza, hoje sente também alívio e alegria, inerentes à nova fase. “É uma mistura de tudo. Estamos felizes. Vamos sair do aluguel e recomeçar fora de Franco da Rocha. É o recomeço e acho que isso ameniza um pouco a tristeza que vivemos”, relatou.

Durante o processo, a Secretaria de Habitação de Franco da Rocha e a CDHU se reuniram com as 70 famílias e as orientaram a respeito do atendimento com informações, como a documentação necessária, busca de imóveis no mercado e apresentação para a CDHU para efetivar a compra. A assinatura das escrituras dos imóveis, então, finaliza o atendimento com a provisão de uma unidade habitacional segura. 

Histórico
Após os deslizamentos, o município cadastrou as famílias afetadas e buscou alternativas para o atendimento habitacional. Em 2023, houve uma tentativa de compra direta pelo município, mas o chamamento público não prosperou.

No fim do ano passado, a CDHU realizou uma prospecção no mercado para planejamento de ações futuras no município e encontrou unidades habitacionais disponíveis com valores próximos aos recursos disponibilizados pelo município. Diante da situação, a CDHU se dispôs a operacionalizar o atendimento, via cartas de crédito.

Parte dos recursos repassados pelo município vieram da Secretaria Nacional de Defesa Civil, que firmou parceria com a Prefeitura de Franco da Rocha. O investimento é a fundo perdido, ou seja, os moradores não precisarão pagar pelas unidades.

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