Ribeirão Preto recebeu, nesta quarta-feira (19/02), a 28ª reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Ribeirão Preto. O encontro teve como principais pautas eleger a nova mesa diretora do órgão, anunciar a implementação do Escritório Técnico de Projetos Estratégicos e apresentar quais serão as próximas ações para otimizar o desenvolvimento integrado entre os municípios da região.
Para a legislatura de 2025/2026, foi eleito para presidência o prefeito de Ribeirão Preto, Ricardo Silva. Já o Professor Emerson, prefeito de Jaboticabal, será o vice-presidente, cargo, até então, ocupado pelo prefeito de Serrana, Leonardo Capitelli, que passa a ser secretário-executivo.
O encontro também contou com a presença do subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado, José Police Neto, que representou a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH). A pasta estadual é responsável por coordenar o Conselho, ou seja, por auxiliar os municípios a planejar e dar andamento aos projetos para a região.
“O governador de São Paulo determinou que a gente recuperasse o espírito das regiões metropolitanas, pois mais de 85% da população do Estado vive nelas. É aí que está grande parte dos nossos desafios”, disse o subsecretário ao explicar que, no último ano, os esforços se concentraram para consolidar a atuação do Conselho.
Como próximas ações, Police anunciou a instalação do Escritório Técnico de Projetos Estratégicos, que será o responsável por montar as equipes que irão executar os projetos prioritários definidos pelo Conselho. “Tínhamos mais de 600 necessidades apresentadas para a região, por isso, estamos fazendo um processo muito cauteloso de transformá-las em projetos estratégicos e tirá-las do papel. A arte do agente público é transformar necessidades em prioridades absolutas e atingir metas, que é o que a sociedade mais precisa da gente. Esse é o grande avanço que queremos trazer para esta região”, pontuou.
Além disso, ele também apresentou outras duas importantes ações em andamento. Uma delas é o Bairro Paulista, que surgiu da necessidade de dar respostas aos desafios do desenvolvimento urbano enfrentados pelos municípios, entre eles, de tornar as cidades mais resilientes frente às mudanças climáticas.
“Os prefeitos da região falavam muito dos bairros que não tinham sido concluídos. Uma necessidade muito grande de oferta estrutural, em especial para núcleos urbanos que não tinham chegado na sua completa regularidade, e o Estado nunca tinha participado deste processo”, disse. “Então, o governador lançou esse documento que mostra como a gente pretende organizar essa atuação”, destacou.
O projeto é estruturado em seis eixos, sendo: Regularização Fundiária - Cidade Legal; Melhorias Urbanas - Cidades Sustentáveis; Urbanização de Favelas e Comunidades Urbanas; Melhorias Habitacionais - Viver Melhor; Requalificação Urbana - Projetos Estratégicos; e Planejamento Urbano Municipal e Metropolitano.
Police também falou sobre o Caderno de Tipografias Urbanas e Modulares, que integra a segunda modalidade do programa. “As melhorias que a gente traz estão dentro de uma nova lógica, a de cidades sustentáveis. Portanto, temos agora um caderno técnico que traz soluções baseadas na natureza para que os bairros, que pouco receberam, comecem seu processo de organização a partir de uma nova cidade que as mudanças do clima estão impondo”, concluiu.
Outra ação destacada é uma plataforma e dados georreferenciados que está sendo desenvolvida pelo Governo de São Paulo. Segundo o subsecretário, a iniciativa vem ao encontro da determinação do governador Tarcísio de trazer aos municípios o controle pleno das informações necessárias para uma boa gestão. "Trazemos, então, todos os instrumentos de gestão eficiente e eficaz, por meio de plataformas poderosas de informação. Estamos construindo sistemas de informação e dados dos municípios e das regiões para melhorar a capacidade de análise e o desenvolvimento de políticas públicas urbanas, por meio de novos mecanismos de suporte para gestão", explicou.
Já o novo presidente do Conselho, Ricardo Silva, enfatizou que sua atuação será norteada pelas necessidades da população, caracterizada pela interdependência das cidades ao entorno de Ribeirão Preto. “Ribeirão Preto não é uma ilha e não pode ser uma ilha. A gente precisa dos outros municípios. Aqui, eu quero inverter a lógica, porque muito se fala que as cidades da região precisam de Ribeirão Preto, mas na verdade somos nós que precisamos de vocês. São os moradores de outras cidades que vem para cá, movimentar a economia daqui”.
Durante o encontro, também compuseram a mesa o prefeito de Batatais, Juninho, que deixa a presidência, a prefeita de Barrinha, Maria Lúcia, Fernando Junqueira, presidente da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP), entidade que sediou o evento, Daniel Gobbi e Maurício Gasparini, ambos vereadores de Ribeirão Preto. Outros prefeitos da região também participaram do encontro.