A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) participou na tarde desta terça-feira (19/11) do Fórum de Planejamento Urbano, evento promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP) para promover a integração entre o poder público e profissionais que atuam na criação de soluções para os desafios enfrentados pelas cidades no planejamento e desenvolvimento urbano. Representando a pasta, Maria Teresa Diniz, diretora de Planejamento e Programas da SDUH, participou da abertura do evento ao lado da presidente do Crea, Lígia Marta Mackey, do presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agrononia (Confea), Vinícuis Marchese, e de José Armênio, secretário adjunto da Secretaria de Urbanimso e Licenciamento de São Paulo.
Durante a abertura da cerimônia, Maria Teresa detalhou, além dos programas e das metas da pasta, o novo escopo de atuação da SDUH, que integrou o desenvolvimento urbano como um dos pilares que norteiam suas ações. “A gente vem atuando fortemente no governo do Estado em habitação, mas em habitação junto com o desenvolvimento urbano. Nossa secretaria foi reestruturada no começo do ano passado, passando a ser denominada de Desenvolvimento Urbano e Habitação, e junto com isso a gente tem reestruturado os nossos programas”, explicou ela, enfatizando que “o planejamento urbano é multidisciplinar, o que é importante, mas traz muita complexidade para que se possa pensar com clareza no que deve ser feito”.
Além disso, Maria Teresa também apresentou um balanço com as metas da SDUH, que inclui, entre as principais, o esforço dos agentes públicos da pasta para prover atendimento habitaiconal digno, seguro e de qualidade e a regularização fundiária. “A nossa meta é de 500 mil atendimentos habitacionais e estamos correndo atrás desse desafio. Já entregamos 40 mil até agora entre produções da CDHU e outras parcerias com a secretaria e a iniciativa privada, com fomento da carta de crédito imobiliária. Além disso, temos mais de 107 mil unidades em produção. Também há a meta de entregar 200 mil regularizações, sendo que, até agora, já entregamos 108 mil”, destacou ela.
Outro ponto destacado pela diretora da pasta é a revisão do Plano Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano. A reestruturação do documento, como explicou, teve início logo após a tragédia ocorrida no início passado em São Sebastião. “O que a gente enfrentou fortemente ano passado com o desastre de São Sebastião nos fez debater a nossa revisão do Plano Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano. A gente está fazendo agora a revisão do plano estadual de habitação e desenvolvimento urbano para que a gente possa entender como que a gente replaneja nosso futuro para esse atendimento”, disse.
Além de enfatizar que o encontro tem um papel fundamental para aproximar o poder público e as instituições que também participam da elaboração de planos para construir cidades melhores, a presidente do Crea, Lígia Marta Mackey, também explicou que o desenvolvimento urbano envolve diversos profissionais que estão associados à entidade e que, por isso, ela também se empenha em promover discussões que possam contrubuir para o reordenamento do tecido urbano e, assim, melhorar a qualidade de vida da população.
“Quando a gente fala de cidades inteligentes, a gente busca cidades que promovam igualdades entre todos os seus munícipes e, para isso, a gente tem que repensar o que é melhor para cada uma delas. Os problemas entre elas são muito parecidos e a gente precisa discutí-los. E o Crea é um lugar ideal para isso. O plano diretor e as leis que regem o planejamento impactam na qualidade de vida. Esse processo precisa de engenheiros, de arquitetos, de geólogos, de geógrafos, de agronomos, e a maioria deles está aqui no Crea, então eu acho que o nosso protagonismo nesse tema é muito importante”, informou.
Para proporcionar um espaço expositivo com discussões a respeito dos temas, a programação foi dividida em dois painéis com rodas de conversa no final de cada um. No primeiro deles, denominado “Projetos Inovadores no Planejamento Urbano”, foram apresentados os desafios enfrentados pelo planejamento urbano na questão da sustentabilidade, a economia circular de Medellín como um progesso para uma cidade mais sustentável e oportunidade para aproveitar os resíduos industriais e sua utilização na construção, os chamados ecomateriais. Já o segundo painel, intitulado “Desafios e Soluções no Planejamento Urbano“, expôs temas como políticas públicas para a transformação urbana e governança de riscos e desastres, o papel da engenharia e da tecnologia no planejamento urbano, rural e mobilidade, considerados vetores para cidades inteligentes e sustentáveis, e os desafios enfretados na elaboração dos planos diretores. Além disso, ao final, também houve uma palestra sobre a inteligência artificial aplicada às cidades.