O Programa Casa Paulista entregou, nesta sexta-feira (10/10), o Residencial Isaías Antônio Marroni, em Marília. O equipamento comunitário de moradia assistida e gratuita foi destinado a atender idosos em situação de vulnerabilidade social.
O diretor de Engenharia e Obras da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Silvio Vasconcellos, esteve presente na entrega das chaves e destacou o caráter protetivo do programa, criado para promover qualidade de vida, bem-estar e segurança aos idosos. "Este programa tem um foco diferente. Ele olha para essa população que está em uma condição extremamente vulnerável e é estruturado com base em estudos. Essas casas são construídas com pisos antiderrapantes e um sistema de alarme de emergência para a pessoa pedir ajuda se passar mal. Além disso, as unidades são entregues mobiliadas, e o residencial tem, ainda, equipamentos comunitários para promover a convivência. Isso foi feito para que os moradores não fiquem solitários e interajam. Também há academia, áreas de descanso e uma horta, construída de forma elevada para que eles não tenham que se abaixar para plantar. Tudo isso foi pensado para que os moradores tenham uma vida boa e que ela seja longa", explicou.
A iniciativa é uma das políticas públicas que integram o Casa Paulista, consolidado como o maior programa habitacional do Estado de São Paulo. "O governador Tarcísio de Freitas, junto com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, estão fazendo uma grande gestão na área habitacional. Hoje temos mais de 60 mil unidades entregues na gestão e mais 130 mil sendo construídas. Em setembro, também foram anunciadas mais 15 mil unidades, sendo 5 mil delas pela CDHU. A meta de 200 mil unidades está se consolidando, resultado de muito trabalho", completou Silvio.
Com 28 unidades habitacionais, o condomínio faz parte do Programa Vida Longa e foi edificado pela CDHU, com investimento de R$ 4,3 milhões. Cada unidade tem 26 m² de área construída, com cozinha, sala e dormitório conjugados, banheiro, lavanderia e sistema gerador de energia fotovoltaica. O residencial também conta com salão de convivência, refeitório, área de lazer com churrasqueira, horta elevada e paisagismo, estimulando o convívio e a integração entre os moradores.
Uma das unidades do conjunto será habitada por Maria Luiza de Jesus, de 66 anos, que recebeu as chaves da nova moradia nesta manhã e, emocionada, descreveu as perspectivas futuras. Agora, para ter mais autonomia e privacidade, a aposentada não terá que ir para o aluguel. "Foi uma bênção eu ter conseguido essa casa, porque eu moro na casa da minha irmã, mas ia alugar um imóvel", explicou Maria. "Foi uma bênção, eu estou amando, em tempo de explodir de tanta felicidade. Está tudo muito bom", comemorou.
O mesmo sentimento é compartilhado por Clarice Pereira, de 66 anos, também contemplada com uma unidade. "Quando pisei aqui, deu uma tremedeira, fiquei nervosa, mas eu me senti superfeliz", relata. A aposentada, que pagava quase R$ 900 de aluguel, teve a realidade transformada, já que economizará este valor e poderá fazer outros investimentos para aumentar sua qualidade de vida. "Agora vai ser melhor, porque eu vou conseguir fazer as coisinhas que eu gosto, comer melhor. Eu amo comer, amo cozinhar. Imagino que vou ficar bem e que Deus me dará mais forças", disse, sorridente.
O Vida Longa também representa um novo capítulo na vida de Glória de Fátima, de 62 anos, que deixa uma moradia precária, cedida pela irmã, para ter mais conforto e segurança. "Eu só pago água e luz, mas a casa está danificada. O telhado está quebrado, tem goteira dentro de casa e a parede está rachada. Então, estava na hora mesmo dessa bênção de Deus", explicou ela, ao celebrar, com ansiedade, a nova casa. "Aqui vai ser uma paz, uma bênção. Para explicar, eu acho que a gente teria que fazer um jornal para poder descrever. Vai ter onde fazer um exercício, vamos poder sentar aqui fora com segurança", avaliou.
O Programa Vida Longa é voltado a idosos com renda de até dois salários mínimos, que vivem preferencialmente sozinhos ou com vínculos familiares enfraquecidos, mas que ainda mantêm autonomia. O objetivo é oferecer moradia digna, segurança e convivência comunitária.
Os condomínios do programa seguem parâmetros de acessibilidade estabelecidos pelo Desenho Universal, assegurando facilidade de uso para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, seja ela permanente ou temporária. As unidades são equipadas com itens de segurança, como barras de apoio, louças e pias em alturas adequadas, portas e corredores amplos, interruptores de fácil alcance, alarmes de emergência sonoros e luminosos e pisos antiderrapantes. As áreas comuns também foram projetadas para garantir acessibilidade, proporcionando um ambiente seguro e confortável aos moradores.
A gestão do condomínio é feita pelas prefeituras parceiras, responsáveis pela indicação dos beneficiários, pela doação do terreno e pela administração local após a entrega. O investimento é a fundo perdido, e os idosos não pagam taxa de ocupação, nem contas de água e energia elétrica. Por se tratar de um equipamento público, as moradias não são de propriedade individual dos beneficiários.
O Programa Vida Longa integra a política habitacional do Estado de São Paulo e tem caráter protetivo. A iniciativa é uma ação conjunta da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), da CDHU e da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS), com apoio das prefeituras.