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Casa Paulista entrega condomínio Vida Longa em Olímpia para idosos em situação de vulnerabilidade

Residencial voltado à população com mais de 60 anos de baixa renda oferece moradias adaptadas e espaços de convivência

27/05/2025
Foto ilustrativa

Crédito: Newton Menezes


O programa Casa Paulista entregou, nesta terça-feira (27/05), o Residencial Milton Campos, em Olímpia, na região de Barretos. O equipamento comunitário de moradia assistida e gratuita, construído no âmbito do Vida Longa, é destinado a idosos em situação de vulnerabilidade social com renda de até dois salários mínimos. A solenidade de entrega de chaves contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo, Marcelo Branco, e do diretor de Engenharia e obras da CDHU, Silvio Vasconcellos. 

Marcelo Branco pontuou que o Vida Longa nasceu de uma parceria entre o Estado e o município, fortalecida nesta gestão. "A parceria é sempre o maior dos pilares de todo o governo que quer fazer um bom trabalho. Esse empreendimento foi licitado na gestão anterior. O governador, quando entrou, deu continuidade às obras, porque ele pensa nas pessoas. Essa parceria é extremamente importante e segue fortalecida. Nós somos interdependentes, ou seja, dependemos um dos outros e na gestão pública também é assim", explicou ele. 

O secretário falou, ainda, sobre as ações da pasta na área do desenvolvimento urbano para melhor a qualidade de vida da população, incluindo a idosa. “Quando estávamos fazendo o plano de governo, nós achamos que faltava uma área para discutir desenvolvimento urbano. Aí, ampliou-se essa secretaria. O desenvolvimento urbano é uma forma de auxiliarmos os municípios a terem projetos que permitam que vocês tenham cada vez mais qualidade de vida. Por meio dela, melhoramos o trânsito, a drenagem, transformamos os municípios em lugares mais resilientes e preparados para as mudanças climáticas, deixando eles mais agradáveis. Essas ações melhoram a vida de todos”, enfatizou o titular da SDUH.

Silvio Vasconcellos, diretor de Engenharia e Obras da CDHU, falou sobre a qualidade das unidades entregues, ressaltando que elas foram projetadas para suprir a necessidade e garantir a segurança dos idosos. "Vocês andaram pelo conjunto e viram a qualidade. Além de estar muito bonito, tem espaços verdes. Essa daqui é uma casa especial para quem já tem mais idade, com piso antiderrapante e outros itens que garantem a segurança. Há vários equipamentos comunitários para as pessoas conviverem, não ficarem só dentro de casa. Isso é muito importante para o desenvolvimento e para que as pessoas sejam felizes de verdade", disse ele, ao ressaltar que o conjunto é fruto da prioridade que o governador Tarcísio de Freitas tem dado à política habitacional no Estado. "O governador colocou o pé no acelerador para que nenhuma obra parasse e para que hoje nós pudéssemos estar entregando esse equipamento", finalizou.

O empreendimento foi edificado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), com investimento de R$ 4,8 milhões, e conta com 28 unidades habitacionais, cada uma com 34 m², incluindo sala de estar, dormitório conjugado, cozinha, banheiro e lavanderia. As moradias seguem os princípios do Desenho Universal, garantindo acessibilidade total para pessoas com mobilidade reduzida, seja de forma temporária ou permanente.

Cada moradia é equipada com barras de apoio, louças e pias em alturas adequadas, portas e corredores amplos, interruptores de fácil alcance, alarmes de emergência sonoros e luminosos e pisos antiderrapantes. As áreas comuns também foram projetadas para garantir acessibilidade, proporcionando um ambiente seguro e confortável para os moradores.

Aos 72 anos, Isabel Dias está deixando, hoje, de pagar aluguel. "Morar aqui vai me ajudar muito. O dinheirinho economizado me ajudará a comprar um remédio e servirá para outras coisas pessoais, como comer melhor, por exemplo. Eu amei aqui, achei tudo ótimo”, contou a moradora de Olímpia. A idosa disse, ainda, que mora sozinha e que a acessibilidade e o tamanho da casa favorecem a sua qualidade de vida. "Para mim, vai ser uma maravilha. Tenho problemas de saúde e onde eu morava tinha cinco cômodos. Eu tinha que ficar limpando direto, com esforço. Aqui, levantando cedo, uma arrumadinha que eu dou, já acabei o serviço", concluiu.

Outra nova moradora do condomínio é a Maria Benedita das Dores. Aos 86 anos, ela afirma que a moradia proporcionada pelo Governo de São Paulo fará muita diferença em sua vida, com o valor da aposentadoria podendo ser remanejado para outros gastos. "Eu pagava aluguel, água e luz e vivo de um salário mínimo. Por tudo isso, não dava para eu comprar meus medicamentos originais, porque não dava para eu pagar, porque precisava sobrar dinheiro também para comer. Isso aqui foi uma bênção, porque foi uma vida toda pagando aluguel", disse.

Por fim, dona Maria Benedita falou, ainda, sobre as boas expectativas relacionadas ao novo lar. "Me dou bem com meus vizinhos em todos os lugares onde morei. Nunca tive desavenças com ninguém. Tenho amizade com todo mundo, ao mesmo tempo em que gosto de ficar sozinha. Já me acostumei. Creio que vamos ter amizade com todos e bastante harmonia", concluiu.

Para promover a socialização, o residencial oferece também espaços de convivência e lazer, incluindo salão com refeitório e área para assistir televisão, churrasqueira, forno à lenha, aparelhos para atividades físicas, bancos de jardim, horta elevada e paisagismo.

Com caráter protetivo e assistencial, o programa Vida Longa é uma iniciativa conjunta das secretarias Estaduais da Habitação e de Desenvolvimento Social, em parceria com os municípios. As prefeituras são responsáveis por indicar os beneficiários, doar os terrenos para construção e assumir a gestão e manutenção dos empreendimentos após a entrega.

Os imóveis são destinados a pessoas com 60 anos ou mais, com renda de até dois salários mínimos, que vivem sozinhas ou com vínculos familiares enfraquecidos, mas que ainda mantêm autonomia. O beneficiário precisa residir no município a pelos menos dois anos.

O investimento do programa é a fundo perdido e os moradores não pagam taxas de ocupação, nem contas de água ou energia elétrica. Por se tratar de um equipamento público, os beneficiários têm direito ao uso da unidade, mas não à propriedade do imóvel.

Desde 2023, o programa entregou 17 empreendimentos, que somam 460 unidades habitacionais. Estão em construção mais 278 unidades, em 11 cidades, e 50 se encontram em licitação para atender idosos de outros dois municípios.

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