Na semana em que é comemorado o Dia Nacional do Idoso, o Casa Paulista segue garantindo moradias dignas para idosos de menor renda. Em Araçatuba, o Residencial Dr. Norberto Roque Safioti, do Programa Vida Longa, foi entregue nesta quarta-feira (02/10). O equipamento comunitário de moradia gratuita é voltado a pessoas idosas, em situação de vulnerabilidade social e, muitas vezes, com vínculos familiares fragilizados.
O diretor de Engenharia e Obras da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Sílvio Vasconcellos, participou do evento e reiterou o potencial do residencial de mudar vidas e transformar o rumo de tantas histórias. "Esse projeto é feito com muito amor e carinho. Essas casas são projetadas para idosos, com piso antiderrapante, com sistema de alarmes e banheiro com barras. Além de toda a funcionalidade, ele traz a dignidade. Com ele, pode-se resgatar a dignidade daquele que já teve sua longa trajetória e já deu muito de si para toda a comunidade", destacou.
O programa Vida Longa constrói pequenos residenciais projetados especialmente para idosos com renda de até dois salários mínimos, preferencialmente sós ou com vínculos familiares fragilizados, mas com autonomia. Em Araçatuba, a CDHU investiu R$ 4,2 milhões no condomínio, composto por 28 unidades, com cozinha, sala de estar e dormitório conjugados, banheiro e área de serviço.
Um dos beneficiados com a unidade habitacional, o senhor Rubens dos Reis Barbosa, de 68 anos, conta que passou por problemas de saúde, mas mesmo assim seguiu trabalhando. Se antes, pagava, com muito sacrifício e dificuldade, aluguel e contas como água e luz, agora vive uma nova fase, cheia de esperança: "Vejo essa oportunidade como um 'algodãozinho doce', uma chance de viver algo diferente. Aqui é uma bênção, com muita alegria e casas bonitinhas. Estou feliz, pois vai sobrar dinheiro até para eu conseguir comer melhor. Vou ficar só sorrindo", finalizou aos risos.
Nova vizinha do senhor Rubens, dona Sônia Vieira de Matos, de 64 anos, comemora a vida nova. Antes, estava morando com a filha e o genro. Agora, porém, sente-se mais satisfeita, pois recomeçará com mais liberdade. "Graças a Deus, peguei minha chave! Me sinto feliz e com o coração aberto. Não vou ser mais humilhada. O lugar é bacana, tem bastantes atividades, quero aprender muitas coisas e me dar bem com meus vizinhos", disse.
Aos 70 anos e independente, dona Elina Rodrigues Pereira, morava em um asilo. Ela conta que a nova moradia entregue pela CDHU é muito melhor do que ela sonhava: "Estou me sentindo feliz! Mais do que estou, impossível. Já tinha entrado aqui, enquanto estavam construindo, e achei tudo maravilhoso. Eu estava em um asilo e, agora, me sinto mais liberta", comemorou.
Os imóveis seguem os parâmetros de acessibilidade do Desenho Universal da CDHU, que estabelecem um conceito arquitetônico adaptável para permitir facilidade no uso da moradia por qualquer pessoa com dificuldade de locomoção, temporária ou permanente. O projeto inclui itens de segurança e acessibilidade, como barras de apoio, pias e louças sanitárias com altura adequada, portas e corredores mais amplos, interruptores em quantidade e altura ideais, alarmes de emergência sonoros e luminosos, além de pisos antiderrapantes. As áreas comuns também contam com recursos de acessibilidade para garantir conforto e segurança aos idosos.
Para incentivar a socialização dos moradores, o residencial tem espaços de convivência e lazer, incluindo salão de convívio com refeitório e área para assistir televisão, espaço externo com churrasqueira e forno à lenha, aparelhos para atividade física, bancos de jardim, horta elevada e paisagismo.
O Vida Longa é parte da política habitacional do Estado de São Paulo e tem o caráter protetivo. É uma ação conjunta entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação, a CDHU e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, articulada com os municípios paulistas interessados.
As cidades participantes são responsáveis por indicar os beneficiários potenciais, doar os terrenos para a construção dos imóveis e realizar a gestão e manutenção dos empreendimentos após a conclusão das obras. O investimento é a fundo perdido e os moradores não pagam taxa de ocupação, nem contas de água e luz. Como se trata de um equipamento público, os beneficiários não detêm a propriedade dos imóveis.
Desde 2023, incluindo a entrega de hoje, o Programa Vida Longa construiu 13 empreendimentos, que somam 348 unidades habitacionais, totalizando um investimento de R$ 66,1 milhões. Estão em construção mais 366 unidades, em 14 cidades, sendo investidos R$ 69,5 milhões. Há ainda 24 unidades em licitação para atender idosos de mais um município.
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