Etapa de reurbanização da Favela Marte 3D, em São José do Rio Preto, terá construção das redes de água, esgoto, drenagem pluvial e pavimentação
Nesta quinta-feira (25), a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), a prefeitura de São José do Rio Preto e apoiadores do projeto Favela Marte 3D assinaram a ordem de serviço para início das obras de infraestrutura do núcleo que está sendo urbanizado no município. O Governo de São Paulo aportou R$ 32,2 milhões no projeto com o objetivo de interromper o ciclo de pobreza que afetava a região.
Após os moradores serem temporariamente realocados, a CDHU demoliu todos os barracos precários e está construindo as 239 residências no local. Os serviços de infraestrutura, como execução do sistema de abastecimento de água e esgoto, drenagem e pavimentação, inexistentes até então, serão realizados pela prefeitura, parceira na ação. Cerca de 600 famílias serão beneficiadas.
O secretário da SDUH, Marcelo Cardinale Branco, ressaltou que as obras de reurbanização estão ocorrendo conforme o cronograma previsto e que as construções das casas estão evoluindo diariamente. “Projetos como este que unem esforços entre as esferas de governo, iniciativa privada, organizações sociais e sociedade estão alinhados com as nossas diretrizes da gestão, que buscam o desenvolvimento das regiões, oferecendo dignidade e a merecida qualidade de vida para a população”.
O projeto geral prevê ainda oferta de serviços e equipamentos públicos de saúde, educação, capacitação profissional e acompanhamento social. Obra do Estado, a Praça da Cidadania será um ponto de encontro para convivência, debates e apresentações culturais. Outro objetivo do plano é dotar as moradias de placas fotovoltaicas, para economicidade de energia, e oferecer internet gratuita de alta velocidade.
Eliana Tavares, 40 anos, estudante de pedagogia, é uma das beneficiadas pelo projeto. “Moro na Favela Marte faz seis anos, e esse momento de "pegar a chave", que está chegando, vai muito além. É o momento da transformação da minha vida, da minha família, dos meus amigos. Minha esperança, ao regressar para a Favela (após a entrega das casas), não é apenas voltar para uma moradia digna, e sim ser reconhecida como uma pessoa digna e que possui diretos”, disse Eliana.
Participaram da assinatura da ordem de serviço para o início das obras o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado, Marcelo Branco; o prefeito Edinho Araújo, o diretor de Engenharia e Obras da CDHU, Silvio Vasconcellos, e o secretário municipal da Habitação, Manuel de Jesus Gonçalves.