O Programa de Moradia Indígena entregou ao todo 53 casas na Reserva Araribá - 38 casas nas aldeias Tereguá e Nimuendajú e agora mais 15 unidades na Kopenti e Ekeruá. As unidades foram construídas exclusivamente com recursos da Companhia
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) entregou, na última sexta-feira (07/12), em Avaí, as chaves de 15 unidades indígenas na Aldeia Tereguá Avaí D2 (10) e na Nimuendajú Avaí E3 (5). Na Tereguá predominam as etnias Terena e Guarani. Na Nimuendajú há apenas guaranis.
“A ajuda do governo dá mais dignidade e conforto para o nosso povo", disse o professor Jehei Piu (37), na tribo Tereguá.
As obras fazem parte do PMI (Programa de Moradia Indígena) e foram licitadas diretamente pela CDHU, com investimento total de R$ 1,5 milhão. A própria comunidade escolheu o tipo de moradia adequada aos usos e hábitos culturais de sua aldeia. As famílias não pagam prestações de financiamento, os imóveis são totalmente subsidiados pela Companhia Estadual.
Estas casas, com área de 59,97m², têm sala, cozinha, três quartos, banheiro e varanda. As unidades foram construídas em alvenaria de bloco de concreto, com laje, revestimento interno e externo, piso cerâmico em toda unidade e nas paredes da cozinha e do banheiro, possuem faixa de azulejo sobre o tanque e caixilhos metálicos nas portas e janelas. A cobertura é de telha de barro, com aquecimento solar. A CDHU também instalou o esgoto sanitário – sistema de fossa, filtro e sumidouro. A rede de energia é da CPFL e a de água, da Funai.
“Nós temos um programa específico para indígenas, damos atenção a esse povo em parceria com a FUNAI. Nos reunimos com as comunidades para escolher a tipologia dessas casas. O Estado de São Paulo tem uma preocupação com produção de moradias de interesse social para demandas específicas. Queremos manter o diálogo aberto para futuros projetos com as comunidades indígenas”, disse o presidente da CDHU, Humberto Schmidt.
Em 2010, foi assinado um convênio entre a Prefeitura de Avaí, CDHU e FUNAI (Fundação Nacional do Índio) para a construção de 53 unidades habitacionais. As aldeias Kopenoti e Ekeruá receberam as primeiras 38 casas. Tereguá e Nimuendajú, as últimas 15.
As áreas pertencem ao Governo Federal. A FUNAI realiza a demarcação urbanística da terra, confere a regularização fundiária e faz a interlocução entre a equipe da CDHU e as pessoas nativas das aldeias, demanda que será contemplada com as unidades.
Programa de Moradia Indígena – Foi criado em São Paulo, por uma Lei Estadual de 2001. O atendimento habitacional é prestado, sem nenhum custo, às famílias indígenas que vivem nas aldeias paulista. A CDHU vem apresentando solução para a moradia indígena desde 1998. Nestes 20 anos, substituiu 533 habitações precárias por unidades novas, em 15 aldeias do estado.
Reserva Araribá – A Terra Indígena, demarcada em 1910, fica a cerca de 15 km do centro de Avaí. Ocupa uma área de 1.930,3369 hectares ou 797,6598 alqueires paulistas e reúne 578 representantes das etnias Terena, Guarani e Kaingang. Os habitantes estão distribuídos em quatro aldeias: Ekeruá, Kopenoty, Nimuendajú e Tereguá. São índios que se dedicam a agricultura, com o plantio de mandioca em suas terras. Outros trabalham em lavouras de cana-de-açúcar e laranjais, nas cidades vizinhas. Cada etnia preserva sua cultura - língua, culinária e artesanato. Eles esculpem em madeira e cerâmica. Alguns produzem arte plumária, utilizando penas e plumas de pássaros.
Trabalho desde 2015 – Na região administrativa de Bauru, foram 1.766 Habitações de Interesse Social (HIS) entregues. Outras 1.681 estão em obras. Essas unidades representam R$ 246,9 milhões em investimentos pelos dois braços operacionais da Secretaria de Estado da Habitação – CDHU e Agência Casa Paulista.